sábado, 20 de junho de 2009
Amor!
Pelos mares
Pelos lugares
Pelos andares
Como as idéias
E o pensamento
Deixar o sentimento
Fluir livre
Não quero muros
Nem amarras
Não quero jaulas
Oprimido o sentimento
Não cresce
Não amadurece
E envelhece
Deixar fluir é
Pelos campos florir
Pelos mares navegar
Pelas florestas trilhar
Pelas pessoas amar!
(Joice Reis – 20/07/2009)
domingo, 14 de junho de 2009
Cientifico!
Da aritmética
Do formato acadêmico
Literário
Seja qual for o sistema
Meu dilema
Fica entre a
Formalidade e a liberdade
No infinitivo
Imperativo
Substantivo
Com gerúndio
Hiato
Narrativa
Pessoal
Sentimental
Transcendental!
(Joice Reis – 15/06/2009)
sábado, 13 de junho de 2009
Baião de dois!
Não se constrói relação
Em menos que dois
Como feijão e arroz
Se um se sente iludido
O outro se sente oprimido
Sem o diálogo
Não sai o prato
Que cozido junto
Se torna muito mais elaborado
Apesar da aridez climática
No sertão
O alimento reflete
A simplicidade e sabor
Da fraternidade
Em outros lugares
De clima ameno
A aridez é no tratamento
Onde as pessoas confundem
Orgulho, hierarquia, autarquia
E submissão
Com a falta de união
Gratidão
Respeito
E educação
(Joice Reis – 13/06/2009)
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O sonho
Venceremos as diversas batalhas!
Após um dia conturbado,
Terei você ao meu lado!
Tranqüila descansarei
Pela vila passearei
Entre os desafios contornarei
Para estar mais perto
Do meu afeto
Concreto
Indiscreto
Somente assim saberei
Se é concreto
O que sonhei!
Num trovão acordei
Que pena...
Só eu que sonhei!
Joice Reis - 08/06/2009
Abstrato
A paisagem
Anuncia
Novos horizontes
Novas cores
Novos sabores!
Brisa fresca
Brilho e magia!
Novos odores!
Desbravar novos rumos
Mergulhar num oceano
De possibilidades!
Compartilhar sensações
Sonhos, idéias, ideais
Novas canções!
O vento leva
O mar lava
O sol aquece
A lua encanta!
O dia amanhece!
Joice Reis - 8/06/2009
ESPERA
O que havia de concreto?
Um sentimento solitário
Não constrói
Uma esperança?
De quê?
De mudança?
Não faz sentido!
Sentir saudades
De uma esperança?
De mudança?
Se espera a mudança
O real não agrada
Não preenche
Não satisfaz
Qual a queixa então?
Como nos acostumamos com tão pouco?
A vida é muito mais
Do que esperança
A vida é real
O hoje pode ser...
Fenomenal!
Sensacional!
Realizante!!!
Joice Reis - 8/06/2009
Desconstrução
Declarado
Desolado
Sentimento de perda
De quebra
Despedaçado
Tombo grande
Pedaços por todo lado
Descontrolado
Sentimento aliviado
Afinal foi expressado
Por mais que o outro seja
Bloqueado
Travado
Acomodado
A desconstrução traz evolução,
Revolução
Inspiração
Transmutação!
Afinal o Colorido e festivo
Está no íntimo!
Sempre esteve!
Sempre estará!
Saravá!!!
Joice Reis – 8/06/2009
sábado, 6 de junho de 2009
Olhos de jaboticada
De interessante textura:
Doce
Brilhante
Intrigante
Contrastante
Estoura
Explode
Extravasa
Seu sumo
Sua polpa
Seu conteúdo
Astuto
Determinado
Obstinado
Absoluto
Percebido
Estremecido
Aliviado
Joice Reis (25/10/2008)
Noites da infância
Quando criança, frágil, indefesa
Tantos pesadelos me assombravam
Seu abraço, seu afeto, sua mão
Me acalmavam, me acolhiam
Me davam segurança para voltar
Aquela jornada rumo ao desconhecido
Temia o escuro, o oculto
A penumbra desenhava
Monstros, bruxas e inimigos...
Nos seus braços me sentia segura
Segurando a sua mão podia seguir
Noite após noite
Fui criando coragem
Para trilhar o meu caminho
Rumo ao desconhecido
Enfrentando dragões
Percorrendo estradas
Cavalgando rumo à verdade
Realizando planos
Concretizando idéias
Do sonho de liberdade!
O mais incrível é ter consciência
Que essa verdade e liberdade
Sempre estiveram tão perto!
No intimo, interno, profundo
Consciente, tudo se expande
Liberta, afirma e supera,
Se supera!
(Joice Reis 23/05 – 06/06/2009)
FOFUXO!
Vestido com a camisa da oposição
Quem é esse doidão?
Nesta época em função da eleição
Nem lhe dava atenção
Nunca imaginaria
Tão nobre coração
Quem diria que
Aquele doidão da oposição
Se tornaria grande parte
Do meu coração!
Até que num ato ousado
Este ser iluminado
Se sentou ao meu lado!
Me fez enxergar como
Eu estava enganada
Em julgá-lo apenas
Por uma olhada, de travessada!
Apesar da distância
Seu carinho e afeto
Estão sempre no momento certo!!!
(Joice Reis - 06/06/2009)
Feminino!
Doloroso púrpura
Alegre laranja
Em febre Pink
Transmuta em lilás
Abriga em marfim
Chora em turquesa
Reflete a natureza
Em ciclos que oscilam
Do caloroso colorido
Ao gélido cinza
Torpor que sente intensamente
Na expectativa ansiosa
Do amor que invade
Seu peito, corpo e mente.
Joice Reis - 24/01/2009
Código Trajetória
Que surpresa
Encontrei a você!
Muito estranho
Que na busca
Para me entender
Surpreendentemente
Começo a entender
Os outros códigos!
Cada qual tem sua história
Emocional codificada
Durante sua trajetória familiar
Cada expressão tem sua razão
Cada palavra dita ou não dita
Podem expressar a história vivida
Ávidos por correspondência aos
Nossos códigos próprios
Muitas vezes atropelamos
A velocidade do código alheio
Errado ou certo não existe
O desafio é descodificar
Simplificar
Deixar fluir
Sem amarras
Sem fronteiras
Superar os obstáculos
Se apropriar da sua história
(Joice Reis 23/05/2009)
Migalhas não!
Migalhas não!
Eu mereço um pão!
De centeio ou gergelim,
De milho ou aipim,
Com recheio e salada,
Frio ou na chapa
O mais importante é ser inteiro!
Está decidido!
Encaminho o meu pedido
Que a vida providencie,
Já que eu escolho o meu destino!
(Joice Reis - 06/06/2009)
O alaranjado!
Reflete a despedida
Do dia que se finda
Agora mesmo amanhecia
Quando ainda dormia
Espreguiçava e me despedia
Dos bocejos da manhã
Dos pensamentos da aurora
Dos desejos do amanhã
Da realização do hoje
Resta o alaranjado do ultimo raio...
Joice Reis - 24/01/2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
O maior umbigo do mundo!
Passeia pela vila
O umbigo!
O umbigo só quer receber
Lida com o emocional como se fosse
Um cordão umbilical
Onde a nutrição é sugar o outro
O umbigo delimita
Falo com você quando “eu” tiver vontade
Tenho você na hora que “eu” quiser
A hora que “eu” precisar te procuro
Afinal sou o maior umbigo do mundo!
No lugar do coração
Que mutação!
Deus lhe deu um umbigo!
Analfabeto emocional limitado a receber...
Pobre umbigo
Acredita que os vínculos podem lhe fazer mal
Ignorando que toda amizade e relação
Estão vinculadas ao coração
Mas se tratando da mutação
Esse umbigo tem razão
Como poderia um umbigo
Ter emoção?
(Joice Reis - 05/06/2009)
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Biscoitin de Nata!
Entre jaboticabas e mexericas
Entre primos e primas
Que saudade do biscoitin de nata da vovó
Da primaiada espalhada pela casa
Dos risos, dos choros, do afeto
Até dos pesadelos sinto falta
Eram monstros, bruxas e seres mitológicos...
Da brincadeira no terrero de café
Cabra cega, queimada, pega-pega, passa-anel,
Esconde-esconde, que mês, corre-cotia...
Que saudade das Minas Gerais
Do tempo que não volta mais
Que saudade da família
Dos tios e tias, primos e primas
Ah que saudades!
(Joice Reis - 03/06/2009)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Despedida
Pena que a intenção se foi em vão
Andava na contramão
Como já diria o poeta:
“Sozinha, a andorinha não faz verão!”
Muito foi criado
Eis que surge o inusitado
E me despeço deste ultimo feriado!
Ensolarado.
(Joice Reis - 03/06/2009)
ESPECIL
Especial quando navega
Imbecil quando naufraga
Entre o Especial e o Imbecil a embarcação flutua
Nos sentimentos navega
Nas expressões naufraga
Na tempestade a embarcação oscila
O navegante não enxerga
O nevoeiro o confunde
O leme? Não se sabe...
Especial é o vento que sopra
Que leva a tempestade
O amanhecer que aquece
Esclarece
Imbecil? O marinheiro que desiste...
Naufraga... Se omite
Não se permite arriscar
Pois o medo de acertar
É tão maior que ele se joga no mar
Este é o nosso Especil!
(Joice Reis - 03/06/2009)
Interação! Interação!!!
Nem amanhã
Nem mês que vem...
Não quero que você precise me responder algum dia
Precisar é sinônimo de necessidade
Ter necessidade de resposta não é o caso
Comunicação nem sempre segue o mesmo código
Cada pessoa possui seus códigos próprios
Do contrário não o seriam!!!
Gosto dos códigos que tenho descoberto
Gosto de expressá-los
Alguns deles tenho orgulho
Considero arte!
Outros nem tanto
Considero fúria!
Que graça teria a vida
Se não fossem os códigos!
(Joice Reis – 03/06/2003)
Liberdade!
Amor não se cobra
Apenas se sente
Se o meu crime é amar-te
Isso não me prende
E nem me sufoca
O amor me liberta
Amor alimenta
Amor transmuta
Amor não é dependência
Amor não é carência
Retribuição não é obrigação
Estado civil?
Namoro?
Casamento?
Não são garantias de amor
São nomenclaturas de frascos
Nem sempre preenchidos
(Joice Reis – 03/06/2009)