domingo, 30 de agosto de 2009

Ela

Olhos felinos

Envolvente!

Comunicativa

Sorriso, contente!


Algo diferente

Me intriga

Desafia

Desconfia


O sabiá assovia

O gato mia

Raiou o dia!


Com muita alegria!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A TELA

No esboço em nanquim
Com traço fino e suave
Largo ou pesado
Continuo ou pontilhado
No primeiro plano, próximo
Ou no infinito distante

A tela
Reflete a essência
De cada existência

Instantes de cores intensas
Instantes de tons pastéis
Instantes desbotados

O esboço descortina a essência
A verdade expressa
A intenção

Onde o maior equívoco
É a ilusão da omissão
Inexpressão

Camuflado o esboço
Se ilude em sua
Falsa fortaleza

Nem percebe
Que a muralha que construiu
É de Bombril
Com uma faísca sumiu

A verdadeira face aparece
A omissão o torna anão

A pequenez da atitude
Reflete-se no traçado
Fraco e pontilhado
Sem constância

Descontínuo
No infinito desaparece
Distante, no horizonte

(Joice Reis 22/07/2009)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Locomotiva

Um desejo

Uma viagem

Uma idéia antiga


Há muito tempo

Essa idéia povoa

Meus pensamentos


Mas nossa comunicação deficiente

Tornou difícil a expressão

Natural de um desejo


Essa viagem seria sensacional!

São tantas as coisas maravilhosas

Que teria o prazer em te apresentar e compartilhar


No aconchego do fogão a lenha

O pãozin de queijo tradicional

O biscoitin de nata

O cafezin

As broas!


As cachoeiras maravilhosas!

As chapadas, os rochedos das Serras


As cidades antigas com seus calçamentos de pedra

Os botecos boêmios e suas melodias


A fraterna acolhida mineira!

A primaiada! A parentalha!


O trem que parte e deixa saudade

O trem que vêm e traz novidade


Ô trem que eu gosto! É a amizade!

Ô trem que num pára! É o pensamento

Continuo, imaginativo, locomotivo!


( Joice Reis – 16/07/2009)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Polinização

As mais diversas condições
Esta planta se adaptou

Exposta aos mais extremos déficits
Hídrico, nutricional, luminoso

Após todas as intempéries
Conquistou os mais inóspitos ambientes

Eis que surge gracioso parceiro
Com seu vôo matreiro
Seu bico fino e preciso
Do requintado néctar
Irá se lambuzar

A flor delicada e alva
Protegida pelas
Ásperas e espinescentes brácteas
O irá presentear

No ato de se alimentar
Irá também polinizar
Fecundar, dispersar

O que lhe foi oferecido
Adquirido
Elaborado

(Joice Reis – 10/07/2009)

terça-feira, 7 de julho de 2009

O CIRCO

O mundo da fantasia
é muito mais colorido que a realidade

A realidade é como um desenho com carvão
Feito de luz e sombras
De formas e nuances

Por isso o mundo infantil
É muito mais colorido
Que o adulto

Quando me recordo do circo
Do palhaço, trapezista, mágico e ilusionista
Sinto tantas saudades
Daquele brilho, daquelas cores,
Da alegria que compunha o espetáculo

Hoje a realidade traz outros malabares...

Entre a clareza e a escuridão
Entre o sótão e o porão
Na praia ou no sertão

É uma mistura de
Realidade e ilusão!

(Joice Reis – 07/07/2009)

sábado, 20 de junho de 2009

Amor!

Quero fluir
Pelos mares
Pelos lugares
Pelos andares

Como as idéias
E o pensamento
Deixar o sentimento
Fluir livre

Não quero muros
Nem amarras
Não quero jaulas

Oprimido o sentimento
Não cresce
Não amadurece
E envelhece

Deixar fluir é
Pelos campos florir
Pelos mares navegar
Pelas florestas trilhar
Pelas pessoas amar!

(Joice Reis – 20/07/2009)

domingo, 14 de junho de 2009

Cientifico!

Cansei da métrica
Da aritmética
Do formato acadêmico
Literário

Seja qual for o sistema
Meu dilema
Fica entre a
Formalidade e a liberdade

No infinitivo
Imperativo
Substantivo

Com gerúndio
Hiato
Narrativa

Pessoal
Sentimental
Transcendental!


(Joice Reis – 15/06/2009)

sábado, 13 de junho de 2009

Baião de dois!

Não se constrói relação

Em menos que dois

Como feijão e arroz


Se um se sente iludido

O outro se sente oprimido


Sem o diálogo

Não sai o prato

Que cozido junto

Se torna muito mais elaborado


Apesar da aridez climática

No sertão

O alimento reflete

A simplicidade e sabor

Da fraternidade


Em outros lugares

De clima ameno

A aridez é no tratamento


Onde as pessoas confundem

Orgulho, hierarquia, autarquia

E submissão


Com a falta de união

Gratidão

Respeito

E educação


(Joice Reis – 13/06/2009)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O sonho

Juntos seremos mais fortes!
Venceremos as diversas batalhas!
Após um dia conturbado,
Terei você ao meu lado!

Tranqüila descansarei
Pela vila passearei
Entre os desafios contornarei

Para estar mais perto
Do meu afeto
Concreto
Indiscreto

Somente assim saberei
Se é concreto
O que sonhei!

Num trovão acordei
Que pena...

Só eu que sonhei!

Joice Reis - 08/06/2009

Abstrato

Pela janela
A paisagem
Anuncia

Novos horizontes
Novas cores
Novos sabores!

Brisa fresca
Brilho e magia!
Novos odores!

Desbravar novos rumos
Mergulhar num oceano
De possibilidades!

Compartilhar sensações
Sonhos, idéias, ideais
Novas canções!

O vento leva
O mar lava
O sol aquece
A lua encanta!
O dia amanhece!

Joice Reis - 8/06/2009

ESPERA

Saudades de quê?
O que havia de concreto?
Um sentimento solitário
Não constrói

Uma esperança?
De quê?
De mudança?

Não faz sentido!
Sentir saudades
De uma esperança?
De mudança?

Se espera a mudança
O real não agrada
Não preenche
Não satisfaz

Qual a queixa então?
Como nos acostumamos com tão pouco?
A vida é muito mais
Do que esperança

A vida é real
O hoje pode ser...
Fenomenal!
Sensacional!
Realizante!!!

Joice Reis - 8/06/2009

Desconstrução

Sentimento quebrado
Declarado
Desolado

Sentimento de perda
De quebra
Despedaçado

Tombo grande
Pedaços por todo lado
Descontrolado

Sentimento aliviado
Afinal foi expressado

Por mais que o outro seja
Bloqueado
Travado
Acomodado

A desconstrução traz evolução,
Revolução
Inspiração
Transmutação!

Afinal o Colorido e festivo
Está no íntimo!

Sempre esteve!
Sempre estará!
Saravá!!!

Joice Reis – 8/06/2009

sábado, 6 de junho de 2009

Olhos de jaboticada

Fruta madura
De interessante textura:

Doce
Brilhante
Intrigante
Contrastante

Estoura
Explode
Extravasa

Seu sumo
Sua polpa
Seu conteúdo

Astuto
Determinado
Obstinado
Absoluto

Percebido
Estremecido
Aliviado


Joice Reis (25/10/2008)

Noites da infância

Quando me recordo daquelas noites
Quando criança, frágil, indefesa
Tantos pesadelos me assombravam

Seu abraço, seu afeto, sua mão
Me acalmavam, me acolhiam
Me davam segurança para voltar
Aquela jornada rumo ao desconhecido

Temia o escuro, o oculto
A penumbra desenhava
Monstros, bruxas e inimigos...

Nos seus braços me sentia segura
Segurando a sua mão podia seguir

Noite após noite
Fui criando coragem
Para trilhar o meu caminho
Rumo ao desconhecido

Enfrentando dragões
Percorrendo estradas
Cavalgando rumo à verdade

Realizando planos
Concretizando idéias
Do sonho de liberdade!

O mais incrível é ter consciência
Que essa verdade e liberdade
Sempre estiveram tão perto!

No intimo, interno, profundo

Consciente, tudo se expande
Liberta, afirma e supera,
Se supera!


(Joice Reis 23/05 – 06/06/2009)

FOFUXO!

Atrás do balcão
Vestido com a camisa da oposição
Quem é esse doidão?
Nesta época em função da eleição
Nem lhe dava atenção

Nunca imaginaria
Tão nobre coração

Quem diria que
Aquele doidão da oposição
Se tornaria grande parte
Do meu coração!

Até que num ato ousado
Este ser iluminado
Se sentou ao meu lado!

Me fez enxergar como
Eu estava enganada
Em julgá-lo apenas
Por uma olhada, de travessada!

Apesar da distância
Seu carinho e afeto
Estão sempre no momento certo!!!

(Joice Reis - 06/06/2009)

Feminino!

Ansioso Carmim
Doloroso púrpura
Alegre laranja
Em febre Pink

Transmuta em lilás
Abriga em marfim
Chora em turquesa

Reflete a natureza
Em ciclos que oscilam

Do caloroso colorido
Ao gélido cinza

Torpor que sente intensamente
Na expectativa ansiosa
Do amor que invade
Seu peito, corpo e mente.

Joice Reis - 24/01/2009

Código Trajetória

Procurando a mim
Que surpresa
Encontrei a você!

Muito estranho
Que na busca
Para me entender

Surpreendentemente

Começo a entender
Os outros códigos!

Cada qual tem sua história
Emocional codificada
Durante sua trajetória familiar

Cada expressão tem sua razão
Cada palavra dita ou não dita
Podem expressar a história vivida

Ávidos por correspondência aos
Nossos códigos próprios
Muitas vezes atropelamos
A velocidade do código alheio

Errado ou certo não existe
O desafio é descodificar
Simplificar

Deixar fluir
Sem amarras
Sem fronteiras
Superar os obstáculos
Se apropriar da sua história


(Joice Reis 23/05/2009)

Migalhas não!

Está decidido e deliberado
Migalhas não!
Eu mereço um pão!

De centeio ou gergelim,
De milho ou aipim,
Com recheio e salada,
Frio ou na chapa

O mais importante é ser inteiro!
Está decidido!
Encaminho o meu pedido

Que a vida providencie,
Já que eu escolho o meu destino!

(Joice Reis - 06/06/2009)

O alaranjado!

No ultimo raio
Reflete a despedida
Do dia que se finda

Agora mesmo amanhecia
Quando ainda dormia

Espreguiçava e me despedia
Dos bocejos da manhã
Dos pensamentos da aurora

Dos desejos do amanhã
Da realização do hoje
Resta o alaranjado do ultimo raio...

Joice Reis - 24/01/2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O maior umbigo do mundo!

Passeia pela vila

O umbigo!


O umbigo só quer receber

Lida com o emocional como se fosse

Um cordão umbilical

Onde a nutrição é sugar o outro


O umbigo delimita

Falo com você quando “eu” tiver vontade

Tenho você na hora que “eu” quiser

A hora que “eu” precisar te procuro

Afinal sou o maior umbigo do mundo!


No lugar do coração

Que mutação!

Deus lhe deu um umbigo!

Analfabeto emocional limitado a receber...


Pobre umbigo

Acredita que os vínculos podem lhe fazer mal

Ignorando que toda amizade e relação

Estão vinculadas ao coração


Mas se tratando da mutação

Esse umbigo tem razão

Como poderia um umbigo

Ter emoção?


(Joice Reis - 05/06/2009)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Biscoitin de Nata!

Que saudades da infância
Entre jaboticabas e mexericas
Entre primos e primas

Que saudade do biscoitin de nata da vovó
Da primaiada espalhada pela casa
Dos risos, dos choros, do afeto

Até dos pesadelos sinto falta
Eram monstros, bruxas e seres mitológicos...

Da brincadeira no terrero de café
Cabra cega, queimada, pega-pega, passa-anel,
Esconde-esconde, que mês, corre-cotia...

Que saudade das Minas Gerais
Do tempo que não volta mais
Que saudade da família
Dos tios e tias, primos e primas

Ah que saudades!

(Joice Reis - 03/06/2009)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Despedida

De muitas coisas abriria mão
Pena que a intenção se foi em vão
Andava na contramão

Como já diria o poeta:
“Sozinha, a andorinha não faz verão!”

Muito foi criado
Eis que surge o inusitado

E me despeço deste ultimo feriado!
Ensolarado.

(Joice Reis - 03/06/2009)

ESPECIL

Um passeio entre o Especial e o Imbecil!

Especial quando navega
Imbecil quando naufraga

Entre o Especial e o Imbecil a embarcação flutua

Nos sentimentos navega
Nas expressões naufraga

Na tempestade a embarcação oscila

O navegante não enxerga
O nevoeiro o confunde
O leme? Não se sabe...

Especial é o vento que sopra
Que leva a tempestade
O amanhecer que aquece
Esclarece

Imbecil? O marinheiro que desiste...
Naufraga... Se omite

Não se permite arriscar
Pois o medo de acertar
É tão maior que ele se joga no mar
Este é o nosso Especil!

(Joice Reis - 03/06/2009)

Interação! Interação!!!

Hoje você não precisa me responder
Nem amanhã
Nem mês que vem...

Não quero que você precise me responder algum dia
Precisar é sinônimo de necessidade
Ter necessidade de resposta não é o caso

Comunicação nem sempre segue o mesmo código
Cada pessoa possui seus códigos próprios
Do contrário não o seriam!!!

Gosto dos códigos que tenho descoberto
Gosto de expressá-los
Alguns deles tenho orgulho
Considero arte!

Outros nem tanto
Considero fúria!

Que graça teria a vida
Se não fossem os códigos!

(Joice Reis – 03/06/2003)

Liberdade!

Amor não se prende
Amor não se cobra
Apenas se sente

Se o meu crime é amar-te
Isso não me prende
E nem me sufoca

O amor me liberta
Amor alimenta
Amor transmuta

Amor não é dependência
Amor não é carência
Retribuição não é obrigação

Estado civil?
Namoro?
Casamento?

Não são garantias de amor
São nomenclaturas de frascos
Nem sempre preenchidos

(Joice Reis – 03/06/2009)

domingo, 24 de maio de 2009

O RIO NA SAPETINGA

Reflete o invisível
Sem ansiedade
A majestade se despede

Em tons dourados
A umidade refrata
A luminosidade
Em tons multicolores

O vento ondula
A superfície brilhante
Formando mosaicos cintilantes
Mutantes a cada instante

E o que fica
É apenas a essência
Daquele instante
Ao som das andorinhas
Em festa ao fim da tarde!


Joice Reis – 24/01/2009

AMOR DE LAMPARINA

O Farol pergunta:
Lamparina és uma chama?
Sim, responde a lamparina.

Que tipo de chama tu és?
Pergunta o Farol novamente.

Sou uma chama de emergência, responde a lamparina.
Uma chama que na ausência do Farol, quebra um galho!
Uma chama pequena, morna, oscilante,
Que aquece e clareia se você chegar pertinho.

E você Farol que tipo de chama tu és? Pergunta a Lamparina.
Sou aquela chama intensa, que aquece e clareia,
Que invade e preenche toda a escuridão.
Que norteia os navios e viajantes,
Ilumina a noite e aquece o coração dos amantes.

Sou claro, com meu foco bem definido,
Tenho atitude e direção.

Agradeço a ti lamparina
Por iluminar e aquecer na minha ausência,
Cada um tem o seu lugar, função, valor
E razão de ser.



Joice Reis
19/03/2009

DELIBERAÇÕES JOJOZISTICAS


Conteúdo

Somatório de vivências,

Escolhas, reflexões

Únicas e intransferíveis


Senso

Parâmetro pessoal, barômetro


Escolhas

Desafiadoras oportunidades de crescimento


Sentimento

Não tem parâmetro, não tem escolha, talvez argumento, mas não razões

Emoções Involuntárias


Expressão

Nem sempre são suficientemente interpretáveis


Sortimento

A alegria de experenciar tudo isso com consciência


Consciência

Fruto da desmistificação entre a razão, sentimento e julgamento


Julgamento

Idéia superficial baseada em hipóteses e conceitos pré-concebidos


Deliberação

Liberdade de escolha de conceitos e assimilação de um conceito próprio, livre de heranças familiares, culturais, regionais ou de gênero


Crescimento

Assimilação do ensinamento de cada situação em sua unicidade instantânea


Inspiração

Além do ato de oxigenar a mente e o corpo, saber ouvir a sabedoria do espírito!


Intuição

Momento sutil de conselho de um plano não racional, sutil


Espontaneidade

Capacidade de expressar o que se pensa o que se sente e o que se quer


(Joice Reis 19/02/2009)


EPISTEMOLOGIA DO MOMENTO


Sem Dramas

Sem Tramas

Sem cobranças...


Experiências

Vivências


Deliberação de paradigmas próprios


Unicidade

Liberdade

Fraternidade


Começam no íntimo

No próximo

No todo!!!

Em todos!


Joice Reis (19/10/2008)

SUBLIME NAVEGANTE


Leve, constante, perseverante

Enquanto a vida oscila

Ele se mantém...


Diante das inconstâncias

De mares tumultuados

No sobe e desce das marés

Nos repentes das tormentas...

Ele se mantém...


Qual o segredo sublime navegante?

Vive um dia de cada vez


Como não planeja?

Como não deseja?


Apenas veleja


Talvez este tenha desenvolvido

Um mecanismo pessoal

Controlador deste instinto tão humano


Mas que para ele...

Homem-peixe

É muito natural!


Afinal seus méritos

Transcendem o normal!!!


(Joice Reis 24/04/2009)

SALIVA


Assim como a saliva

Densa, intensa


Às vezes doce

Às vezes ácida


Mas sempre quente e transparente!

Digere, transmuta, transforma


Deglute, ilude, digere

Incorpora e transforma o alimento


Que nutre

Corpo,mente, sentimento


Flui no momento

Que pode ser alento

Contento!

Atento!


13/11/2007 – Joice Reis